terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Personagem do Mês: Alaska Young

     E assim está a terminar janeiro. Primeiro mês de vida do Pudim Literário, última semana de férias, de poder desenhar e pintar "livremente", mas o começo de um ano que assim espero será extraordinário. Esse primeiro mês me comprometendo a resenhar o que eu leio e etc, foi uma experiência muito legal, sei que ao escrever sobre esses livros, eles meio que se tornarão ainda mais vívidos na minha memória de alguma maneira, e ao exercitar a escrita posso me corrigir mais, haha.


     Resolvi fazer algo diferente. Eleger o Personagem do Mês. Aquele personagem que mais me marcou, me identifiquei, ou odiei, não sei ainda os critérios, só sei que gostaria de começar isso =) E eu já sei exatamente quem escolher!



Nome: Alaska Young
Livro: Quem É Você, Alasca?
Autor: John Green




      Bem, a Alaska é uma personagem complexa, porém livre. É livre porém é refém do próprio sofrimento. Vive cada dia presa no labirinto de sofrimento mas vive cada dia na alegria do próprio momento. É espontanea, tem bom coração com os amigos, e o melhor de tudo, é livre para errar. Eu gostei muito dessa historia do John Green exatamente porque apesar da Alaska cometer erros e acertos, isso não define ela como uma pessoa boa ou ruim, apenas como humana. Coisa que todo mundo é, certo?

"Vocês fumam para se divertir. Eu fumo para morrer." - Alaska Young

       Ela é inteligente, gosta de livros, é questionadora. Em algumas determinadas situações ajudou o protagonista do livro, Miles Halter, seja defendendo-o de algum professor ou se vingando dos Guerreiros de Dias de Semana. Gosta de sexo, álcool e cigarro. E isso não torna ela uma pessoa ruim, de índole questionável. Acho que no século que vivemos, onde vários tabus estão sendo quebrados, é bom ver que na própria literatura consigo ver mais personagens fora do "preto-no-branco" aqui.

      Afinal, Alaska, dona do seu próprio nome como é explicado no livro, não segue as regras da sociedade em que vive. Contrabandeia garrafas de bebida e cigarros para dentro do internato, é mestre dos trotes, entre várias coisas, haha. Apesar de ser independente e tentar não se apegar muito às pessoas e bens materiais, ela coloca um certo valor sentimental em todos, e tudo. Até quando ocorre um "acidente" com a sua biblioteca particular. É porque é praticamente impossível para um ser humano ser uma ilha e não ter sentimentos, por mais que se tente não ter. E não to falando de sentimentos amorosos somente não. Você pode fazer a escolha de não manifestar mais um sentimento amoroso por outra pessoa, mas ainda existe família, ainda existem sonhos, existe muito a se amar ainda nessa vida e a gente aqui preocupado com os nossos: "Eu nunca irei..."



Bem, é isso, a personagem do mês do Pudim Literário. Não é alguém afrente do seu tempo, é alguem que VIVE no próprio tempo.


"Como faremos para sair desse labirinto?" - Alasca Young


Ao som de:
Within Temptation - Shot In The Dark
Imagine Dragons - Bleeding Out
Florence and The Machine - What The Water Gave Me

sábado, 25 de janeiro de 2014

A Casa de Hades

Não, hoje eu não abrirei falando do calor, ele já teve muito destaque aqui esse mês, alias, na minha vida.




Informações Técnicas


Título: A Casa de Hades
Autor: Rick Riordan
Nº de páginas: 478
Publicação: 2013
Editora: Intrínseca


Chega até a me dar um aperto no coração escrever sobre esse livro, porque é de uma das séries que eu mais gosto e também porque significa que o livro chegou ao fim, então agora eu tenho que falar sobre ele, hahaha. "A Casa de Hades" é o 4º livro da série "Os Heróis do Olimpo", que sucede a série "Percy Jackson e Os Olimpianos". Quem leu o último livro: "A Marca de Athena" sabe o suspense que o Riordan deixou os leitores né - ele até brincou com isso na abertura do livro (imagem abaixo).



O 4º livro começa quase exatamente depois do final fatídico do último livro. Okay, vou tentar ao máximo não dar spoilers enquanto eu falo sobre o livro aqui. Quando eu for dar spoiler, deixarei separado :) O livro dá espaço para os 7 semi-deuses terem seus capítulos, mostrando cada um o seu spotlight e sua visão das confusões que estão acontecendo, e acredite, são muitas, com direito a reviravoltas.

Percy e Annabeth estão separados do grupo depois de terem caído no tártaro, e o semi-deuses restantes tentam resgatá-los ao mesmo tempo que se preparam para suas batalhas e superações pessoais. Enquanto Hazel, Frank, Leo, Piper, Jason, o treinador Hedge são guiados por Nico para chegarem nas Casa de Hades para ajudarem Percy e Annabeth a voltarem para o mundo mortal e fecharem as Portas da Morte evitando que Gaia tenha um exército.

Cada um desses semi-deuses têm uma função, uma missão pessoal a ser desenvolvida, consciente ou insconscientemente. Logo nos primeiros capítulos Hazel descobri a dela(através de uma das minhas deusas preferidas :D), Piper descobre que pode ajudá-la um pouco com isso, e mais pra frente se confronta com o quão útil uma filha de Afrodite pode ser. Frank também se confronta com seu valor dentro da equipe e para si mesmo. Leo continua sendo o humorista do grupo, e infelizmente Frank é a piada que ele mais gosta de contar, rs. Jason descobre mais sobre as habilidades de um líder e sobre o que é ser livre, de verdade, e claro, é testemunha de uma revelação surpreendente desse livro.

Eles enfrentam alguns desafios, muitos solucionados de maneiras engraçadas, para tentar evitar que o exército de Gaia saia do Mundo Inferior, encontram novamente antagonistas ressuscitado a favor desta, e descobrimos de onde vem a TARTARUGA GIGANTE que está na Jacket da edição limitada em Hard-Cover do livro. Além disso, tem a ameaça de uma guerra entre o Acampamento Meio-Sangue e o Acampamento Nova Roma, devido aos acontecimentos já conhecido na "Marca de Athena". Se você acha que a situação deles tá dificil, imagina a situação de Percy e Annabeth no Tártaro.

Riordan fez um ótimo trabalho descrevendo a ambientação. O Tártaro é um lugar inóspito, mau, onde nenhum alívio pode ser encontrado. Além de ser o lugar onde os monstros renascem, com isso já é esperado que os dois fossem encontrar antigos inimigos, e é isso mesmo que acontece. Eles são confrontados com o sentimento de que não irão sobreviver até o final, de que pelo menos irão morrer juntos, eles sentem a esperança se esvaindo a cada momento, mas acontece que até no Tártaro, Percy e Annabeth têm amigos, e isso se prova a salvação deles.

Outra coisa que eu gostei, é que em todos os livros, as mortes dos inimigos são banalizadas, no sentido de: "é só mais um monstro. Mate-o então!". E ali eles são confrontados em saber que cada morte, que cada vitória, tem um preço. E também se deparam com criaturas tão poderosas e antigas que não podem ser vencidas. Imagina o que é se deparar com o invencível, e saber que ele é seu inimigo? Mas também rende várias situações engraçadas, como os planos de Annabeth para tirar os dois da morte certa, hahaha.

Ler Percy Jackson sempre me faz ter aquele sentimento de amizade e lutar pelo que é certo conforme vou avançando nas páginas, e que todo mundo tem seu valor, desde filhos de Júpiter/Zeus e Poseidon, até filhos de Afrodite e Hades/Plutão, não importa o preconceito que ocorra entre eles. É muito bom ver como Rick Riordan consegue ter uma escrita tão boa pro público-alvo dele. Eu consigo entrar de cabeça na trama rapidinho. Mas é a minha opinião. Tem gente que não suporta a série do Percy Jackson e afins. Pra mim, Rick Riordan é um dos melhores escritores de YA e fantasia da atualidade.

Ahhhh, além da minha deusa preferida ter aparecido, um dos meus personagens preferidos revela um segredo bem tenso, que eu adorei como isso encaixou na história e nas ações dele, não foi algo... "forçado". Ah Nico... *0* Não adianta, eu gosto dos underdogs e do que é sombrio, e infelizmente os filhos de Hades/Plutão são vistos assim.

É isso, agora fiquemos no aguardo para a conclusão em "O Sangue do Olimpo" que deve sair em meados de outubro desse ano. ;)

A arte do livro que fica por conta de John Rocco como nos outros livros é a minha capa preferida até agora, em segundo lugar "O Filho de Netuno". O trabalho gráfico do livro ficou muito bom. E o engraçado é que eu tava doida pra comprar esse livro desde que ele saiu, mas sempre aparecia alguma coisa q eu precisava comprar ao invés do livro. Aí no fim de semana passado eu topei com uma feira de livros, onde o achei baratinho, e claro, tive que comprar, MWAHAHAHA!

Se tem algum ponto negativo que eu queria dizer? Eu acho que talvez eu gostaria de ver os personagens tomando atitudes ainda mais maduras, uma vez que eles não têm mais 12 anos. Mas enfim, eles evoluíram bastante, já pensam no futuro com seus respectivos pares, até o Leo xD

        Bem, acho que é isso. Se você ainda não leu "Percy Jackson e os Olimpianos" ou ainda não partiu para "Os Heróis do Olimpo". I strongly recommend you to. Se não gostar, tudo bem, mas acho dificil. A história envolve mitologia grega, aventuras, mistério, magia, deuses sendo bem... deuses xD tem romance, morte, é bem legal sim. Dê uma chance para Percy Jackson você também, principalmente se você está se baseando só no filme. Esqueça o filme. Sério. Esqueça! Eu mesma não costumo avaliar filmes pelo que ele colocou ou tirou do livro, eu avalio filmes como filmes, independente dos livros. E como filmes, eles não funcionam xD


E se tudo der certo, no final do mês teremos videos já no ar. Olha que legal. ;)


Ao som de:


Within Temptation - Silver Moonlight
Kamelot - My Confession
Krypteria - For You I'll Bring The Devil Down

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Boneco de Neve

     Voltando a programação normal onde eu gosto de escrever um pouco sobre o que tá acontecendo e a crítica vem embaixo, rs. Hoje foi um dia muito feliz, porque eu comecei ele apagada, no sentido de assim que coloquei minha cabeça no travesseiro, apaguei, e hoje fui fazer duas entrevistas para monitoria na faculdade. Acabou que eu consegui =D To muito feliz, experiência, aprendizado e dinheiro são 3 combinações muito boas. Mas eu vou conseguir postar aqui também. Há tempo pra tudo.

     Eu desobedeci uma das minhas regras sobre postagem na semana passada, e ontem era pra ter saído essa crítica, então tentarei compensar postando mais coisas em breve :)

Finalmente estou pronta para falar sobre o inverno nórdico.



Informações técnicas

Título: Boneco de Neve
Autor: Jo Nesbø
Nº de páginas: 418
Publicação: 2007
Editora: Record


Sinopse:  A primeira neve do ano cai sobre Oslo num dia frio de novembro. Birte Becker chega do trabalho e elogia o marido e o filho pelo boneco de neve que fizeram no jardim. Isso os surpreende - não foi feito por nenhum deles. Ao olhar pela janela, o menino nota que a figura branca está virada para a casa, com os olhos negros voltados para a janela. Para eles. Quando o inspetor Harry Hole recebe uma carta do do autointitulado "Boneco de Neve", não desconfia do tenebroso significado dessa alcunha. Somente após descobrir alarmantes traços  em comum entre vários desaparecimentos na Noruega, o policial percebe que  está envolvido numa trama muito maior, capaz de testar os limites de sua sanidade.

     "Boneco de Neve" é um livro de suspense e mistério, no estilo detetive caçando bandido. A narrativa é em 3ª pessoa e o foco se alterna entre o detetive Harry Hole e as vítimas(e outros personagens). Minha opinião mais forte é: É um livro mediano que poderia ser melhor, mas em geral foi bom, haha. As melhores partes definitivamente são as narrativas do ponto da vista das vítimas, rendeu uns bons calafrios.

     O protagonista, Harry Hole, é um clássico anti-herói. Arrogante, bom no que faz, aliás, um bom fator para um anti-herói ser quem é, é ele ser único. Harry é o único detetive da Noruega a prender um Serial Killer e entender como funciona mais ou menos sua mente. Claro que não tem muita concorrencia nesse país, já que era bem raro. Alias, como ele capturou seu primeiro serial killer, e outras de suas "aventuras" tem outros livros que Nesbø escreveu, senão me engano somente 5, contando com "Boneco de Neve", foram publicados no Brasil. Enfim, eu gosto muito de anti-heróis, acho bem mais interessantes que os mocinhos em si, mas sabe quando você cansa do clichê? Então, cansei, haha. Harry Hole é um cara complicado, que não consegue ter um social bom, tem um vício, é inteligente e não segue as regras. Ah, e ele gosta de Slipknot, risos. Mas ele é um bom personagem. Meu problema maior foi a conclusão dos eventos.

     Quando eu leio um livro de mistério, e todos estão procurando saber quem é o tal mal-feitor, assim como provavelmente todos os outros leitores, eu mesma tento descobrir quem é o tal fulano, e eu acertei de cara quem era, pontos para mim. Então isso pode ter prejudicado um pouco a minha visão crítica do livro, pois como eu tinha uma pessoa na cabeça que seria o mau sujeito, todas as ações destes se tornaram suspeitas para mim e óbvias claro. Então quando aparecia algum suspeito errado, eu me revoltava achando bem dificil ser esse alguém.

     O fluxo da narrativa é bom, não é um livro maçante, eu só não gostei muito do final. Outro ponto que eu acho que o autor deveria ter investido era no "macabro" que estava sendo prometido na sinopse. Quando o assassino estava perseguindo suas vítimas realmente eu conseguia sentir um pouco de medo, mas eram poucos esses momentos. Em geral foi um bom livro. Me ajudou nos dias de calor, a me lembrar que eu não estava na Noruega, e sim no Brasil. Sim, sintam o tom de comemoração(só que não!).

Aliás, o trabalho gráfico do livro ficou lindíssimo. É simples e bonito. ;)

Até a próxima! E será em breve, assim espero! :)


Ao som de:
Within Temptation - Dangerous feat. Howard Jones

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O Iluminado

(Começo a suspeitar que esse calor é um aviso divino sobre como o inferno deve ser ou talvez já estejamos nele, caso este exista).

Já dá pra ver como esse calor tá me afetando, então resolvi que a próxima resenha teria que combater essas altas temperaturas. Eu tinha um plano de colocar aqui minhas impressões sobre o último livro que eu li, "Boneco de Neve" do Jo Nesbø, mas esse livro só me deixou com agonia. É ambientado na Noruega, no inverno norueguês,  e a inveja aqui não tava preparada, então resolvi falar sobre um livro que eu li ano passado e me deu uns bons calafrios.




Informações Técnicas

Título: "O Iluminado"
Autor: Stephen King
Nº de paginas: 582
Ano de Publicação: 1977
Editora: Objetiva (edição de 2009)


       Vamos lá então. Na Bienal 2013 (a do ano passado), resolvi ir com uma lista de livros pra comprar, O Iluminado estava nessa lista, e eu consegui na promoção da estande da Suma/Objetiva. Sou muito fã de Stephen King, mas nunca tinha conseguido ter a oportunidade de ler um dos seus maiores clássicos, minha experiência com "O Iluminado" tinha sido só pelo filme do Kubrick e o filme feito pra TV. Mas eu sabia que o livro ia ter aquele "algo a mais" que os filmes deixaram a desejar.

(O livro é tão bom q eu li em uma madrugada inteira ç.ç Bons tempos)

        A história é a seguinte: Jack Torrance, pai de família, que acabou de sair de uma crise no casamento e na vida profissional devido ao abuso do álcool, ex-professor de inglês e escritor, consegue um emprego que pode tirar sua família dos maus momentos. Ele é contratado para ser zelador do Hotel Overlook no inverno, cuidando da caldeira, do jardim, enfim, cuidando do hotel enquanto ele está vazio. É um hotel enorme, luxuoso e tradicional, e a comida e a cozinha está totalmente disponível pra eles. Alias, é tanta comida que acho que nem se eles quisessem conseguiriam comer tudo. Sim, sintam o cheiro de férias dos sonhos disfarçada de trabalho que eles também sentiram. Wendy, sua esposa tinha esperanças que isso pudesse aproximar mais eles, que fizesse o Danny brincar e ter mais motivos pra rir, Jack estava esperançoso também, que pudesse escrever O LIVRO que mudaria seu destino de escritor para sempre.

       Seria tudo uma grande maravilha se o Overlook não fosse maligno por si só. É um Hotel que tem um histórico de mortes trágicas e violentas desde a sua construção. Não se preocupem, a história do Hotel é contada no livro tanto pelo empregador do Jack quanto no desenrolar da historia. Outro fator maravilha é que o filho de Jack e Wendy, Danny Torrance, é um "iluminado". Ou seja, ele tem poderes paranormais, consegue ler mentes, ver espíritos, fazer projeção psíquica, enfim. O garoto não é só um "iluminado" comum, ele é especial mesmo dentro da categoria especial. Ou seja, coloque um pai se curando do alcoolismo + um garoto assim dentro de um Hotel que definitivamente não é de Deus, hahaha. Claro que shit happens.

       O livro começa no momento que o Jack está sendo entrevistado e descobre na entrevista que o ultimo zelador surtou e matou a família com um machado e depois se matou. O gerente do hotel assim como qualquer pessoa normal chegou a conclusão que o isolamento causado pela neve que impossibilitava-o de ver outras pessoas que não a própria família o fez enlouquecer, mas nós sabemos que nas historias de King e com essa premissa, as coisas não seriam tão simples assim.

      A narração é feita em 3ª pessoa e o narrador muda. Vezes é o Jack, vezes é o Danny, entre outros. Esqueci de mencionar que o Danny tem um "amigo imaginário" chamado Tony. (Depois de ver Paranormal Activity 3 sempre associei Tony ao Toby porque demônios gonna demonizar)

     Na minha opinião o livro tem um ótimo ritmo de acontecimentos. Tem os momentos de tensão, momentos calmos, momentos de revelação, e todos encaixados perfeitamente onde devem ser encaixados. E eu agradeço muito a mim mesmo por ter lido o livro e agora eu entendo a raiva que o Stephen King tem da versão do Kubrick. Mas eu ainda não desgosto do filme não. Como filme ele funciona bem.

      O livro tem uns momentos bem intensos como, quase todos aqueles que envolvem o quarto 217, e aqueles Malditos Animais de Jardim! Sério, aquilo me convenceu a se um dia eu tiver uma casa grande suficiente pra ter animais esculpidos de arbustos e arvores, se Edward Scissorhands não for meu jardineiro, eu não terei esse jardim. Ou seja, eu não terei esse jardim, haha.

       Eu li esse livro na hora certa do dia, de noite. Pode parecer palhaçada as vezes, mas a noite pode sim criar uma atmosfera complementar a historias de terror e horror, principalmente livros.

       No desenrolar da historia, o leitor vai observando a decaimento da saúde mental do Jack Torrance, e como o Overlook usa o seu passado(tanto do Jack quanto do próprio hotel) e a família Torrance para conquistar isso. É engraçado que essa é a meta do Overlook. Que o Jack perca sua sanidade, com isso deixando-o mais forte e ele susceptível para ser sua peça-chave no seu plano, que fica claro que é tudo calculado.

      Sabe um ponto positivíssimo desse livro? A construção dos personagens. Nisso, eu não tenho nem como reclamar, pelo contrário. As motivações do Jack Torrance têm um porque de existir, e a maneira como a loucura passa a existir como realidade para ele, as reações da Wendy às coisas que vão acontecendo. No filme eu tinha uma raiva incrível dessa personagem, dela e do Danny. E ali no livro eles são personagens muito bem estruturados. Um dos meus motivos de felicidade é a Wendy não ser a mosca-morta que achava que era. Que ela é inteligente, tem uma personalidade forte e não se assemelha ao Danny em idade mental. E o Danny e seu amiguinho Tony não eram apelativos. As visões aconteciam em detrimento das ocasiões, e toda hora que chegava a parte do Danny na historia eu pensava: "E agora? O que o Tony tem pra mostrar? Mas que porra é o Tony?"

      E um dos meus personagens preferidos é o Dick Halloran, cozinheiro do Hotel e também um "Iluminado" que dá altas dicas pro Danny, inclusive a melhor de todas: "FIQUE LONGE DO QUARTO 217! Não importa o que ouvir? Me promete, Danny?"

       Ahhh, acho que já devo ter dado algum spoiler, mas eu juro que nada muito importante pros plots. Eu super recomendo ler Stephen King nesse calor, pode ajudar a abaixar a temperatura um pouquinho =) Ah! Eu li na edição de bolso, e posso garantir que é muito bonita. O papel é amarelado, ajudando na leitura, não é uma edição pobre, pode até ter letras menores e não vir com orelha, mas pra mim são os unicos revés, mas é uma edição de bolso, algumas coisas não cabem nela, haha. É muito caprichada e eu não tenho preconceito com as edições de bolso dos livros do Stephen King da Objetiva, não mesmo!


(Elsa approves esse livro)


Trilha sonora para um dia de calor:

Paramore - When It Rains
Evanescence - Oceans
Theatre of Tragedy - Storm
Van Canto - A Storm to Come
Placebo - English Summer Rain

Mais sugestão de músicas de verão são bem vindas =)

domingo, 12 de janeiro de 2014

TOP 13 Bandas/Artistas 2013

Olá, olá :) Apesar de estar um pouco doente e morrendo de calor, motivo pelo qual estou passando mal, resolvi comentar minha listinha das 13 bandas/artistas que eu mais ouvi no ano passado. Afinal de contas, como dizia eu e uma amiga minha do Técnico de Farmácia, relembrar é viver.

Vamos de trás pra frente pra ser mais divertido, haha!


13. Korn

Eu fiquei duplamente surpresa com o Korn esse ano. Primeiro pelo show incrível que eles fizeram no Monsters of Rock 2013 em São Paulo, na minha humilde opinião esse festival foi bem mais interessante que o Rock In Rio em si. E pelo lançamento do album "The Paradigm Shift". É diferente, apesar de ser Korn na sua essência, e eu aprecio muito quando a banda sai do convencional mas consegue se manter dentro das novas experiências, e elas dão certo. Eu vi o clipe de "Never Never" e achei um dos vídeos mais bonitos que eu já vi. Uma amiga minha não curtiu muito a música, mas disse que ao vivo é bem melhor. Eu não tinha ouvido essa versão em estúdio, ouvi a versão ao vivo no Monsters of Rock antes e eu gostei, acho que dei sorte então xD
As músicas que eu mais gostei até então foram: "Prey For Me", "Love & Meth" e "Never Never"


12. Evanescence

Em 2012 tive a oportunidade de ver a banda pela primeira vez ao vivo na Evanescence Tour e foi incrivel. Teve todo um clima nostálgico, afinal sou fã da banda desde 2003 e acompanho Amy Lee e companhia desde então. Ta aí uma banda que eu também gostei muito de ver crescer e sair da mesmice, claro que não foi de uma maneira tão radical assim, mas vimos a Amy crescer, e suas músicas também. Agora temos mais leques de temas musicais, não é só melancolia, haha. Brincadeiras a parte, é uma banda que eu gosto muito.
Faixa mais tocada: "The Change"



11. Amaranthe

Tenho que admitir que não gostei de Amaranthe de início. Eu ouvi Amaranthine e achei chato. Pensava: "sério que essa é uma das novas apostas das bandas com vocal feminino?". O que me fez mudar de opinião foi o Kamelot, quando lançaram o clipe de "Sacrimony (Angel of Afterlife)" e eu curti muito a participação da Elize Ryd no ultimo album deles: "Silverthorn". Então depois que eu curti a pagina da banda e da Elize no facebook, vi que eram muito carismaticos esse povo. E foi o carisma deles que me fez ouvir os dois albuns deles, e eu gostei, e muito! É diferente e de fato tem potencial ;)
Músicas que eu mais gosto até agora: "Enter The Maze" e "Burn With Me"




10. Revamp

Sou fã da Floor Jansen e acho ela uma das melhores cantoras pra mim, sempre foi uma referencia quando eu estava nas minhas aulas de canto lírico e quando eu estava cantando em bandas. E eu gosto do Revamp, o problema é que eu sempre acho que tá faltando alguma coisa, rs. Então eu acabo escutando o mesmo album várias vezes e com isso ele vai aumentando seu significado pra mim. Um dos eventos que inspirou várias canções que a Floor compos pro "Wild Card" foi o Burnout, que afastou ela da sua vida profissional por um tempinho. Mas fico feliz por ela ter voltado e pelo album ser melhor que o anterior :) BTW: ta aí outra pessoa que não para na mesma banda. Foi oficializada com o Nightwish e ainda fez os vocais femininos na "The Haunting" do Kamelot na turne europeia que as bandas estavam fazendo shows juntos. Mas não adianta, prefiro os vocais da Simone Simons, me julguem, haha.


9. Epica

No need to explain. <3 Sério mesmo, não vou falar nada, é uma das minhas bandas favoritas, Simone e Oliver tiveram seu primeiro filho, Vincent. Ainda teve o lançamento do Retrospect. *0*

"No heed for shadows on your way
That try to steal your laughter
Your light will drive them all away
Be confident"
Storm The Sorrow



8. Nightwish


Mesmo Tuomas despedindo as pessoas, eu continuo gostando da banda, e ela continua expressando coisas que eu sinto. E eu espero que essa combinação com a Floor dê certo, espero mesmo. Ela é uma ótima cantora e é uma adição de ouro para a banda. Nem preciso dizer que mesmo amando muito Epica, Within Temptation, Lacuna Coil, etc, Nightwish tem o meu coração porque eu consigo entender o que o Tuomas quer dizer, pode não ser de maneira linear ou objetiva sempre, mas faz sentido pra mim de alguma forma :)

Just for the "Lolz"


7. Rammstein

Ta aí uma banda que eu escuto quase sempre que tenho alguma ilustração ou pintura freelancer pra fazer, xD Me acompanhou em duas Big Comissions que eu tive esse ano. Fora que sempre me inspira a ter mais atitudes, a ser mais forte, e claro a aprender alemão :3 Outro detalhe é a banda ter músicas que me fazem rir, músicas com tom mais sério e político, músicas melancólicas e tristes, sobre homossexualidade, sexo e canibalismo. É tipo, bem completa, como não gostar?



6. Kamelot

VOU NO SHOW DIA 08/02 COM DIREITO AO VIP EXPERIENCE. Depois que eu abraçar o Kamelot inteiro posto minha opinião sobre eles xD

Um das capas de cd mais bem trabalhadas que eu já vi *-*


5. Within Temptation


 Ta vindo o "Hydra", a banda tá com um som diferente e muito bom. Ah gente... Within Temptation é uma das bandas mais lindas do mundo. Mas é assim, quanto mais eu gosto da banda, mais dificil fica de falar sobre. xD


4. Leaves' Eyes

Ninguém mandou a mulher fazer um album incrivelmente bem trabalhado e produzido. Agora eles têm que fazer show aqui xD



3. Stone Sour

Obrigada por terem me acompanhado durante meus trabalhos de faculdade e momentos de reflexão no onibus.


2. Paramore


Just... Stop being cute and awesome you guys... STOP! Brincando! Ta aí outra banda que evoluiu bastante e eu gostei de como eles ficaram ;)

1. Lacuna Coil



1º e único show que eu fui em 2013. Foi presente de um dos meus melhores amigos. Foi um dos melhores shows da minha vida.


Ahhhh, eu sei que poderia escrever mais e mais sobre o que eu escuto, mas eu tenho que guardar mais para os outros posts :3
E que venha mais música boa em 2014 =D

Bonus:
Katy Perry e Garbage me acompanharam muito no ano passado. Garbage inclusive, foi a minha trilha sonora do meu ultimo mês no meu estagio de ilustração de jogos. Obrigada Shirley Manson, por existir ;)
Bom resto de domingo a todos :)


TODAS AS IMAGENS UTILIZADAS NESSE POST NÃO SÃO DE AUTORIA MINHA, FORAM ENCONTRADAS NA INTERNET, EXCETO A 1ª IMAGEM, REFERENTE A UM PRINT DE UMA CONTA MINHA NO LAST.FM.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Quem É Você, Alasca?

Informações Técnicas

Título: Quem É Você, Alasca?
Autor: John Green
Nº de páginas: 229
Ano de publicação: 2010
Editora: WMf martins fontes



     E eis que em 2013, John Green fez o seu "BOOM!" pelo mundo. Sério, a quantidade de pessoas que eu via pelo metrô + ônibus lendo "A Culpa É das Estrelas" era incrível. Eu nunca tinha lido nada dele e admito ter ficado um pouco receosa de começar a ler John Green. Vai que o livro é ruim e eu gastei meu dinheiro a toa? Sei lá, acontece, principalmente quando o autor do nada começa a ficar famoso, rs.
    Então nas minhas compras de natal eu encontrei "Quem é Você, Alasca?" em promoção. E eu lembro que a Tati Feltrin (Tiny Little Things http://www.youtube.com/watch?v=YLUHRXUOxoc) tinha recomendado esse livro, falando que era muito bom, que era o que ela mais tinha gostado. Como eu costumo confiar nas resenhas dela, me senti curiosa para ler esse livro. E assim eu encomendei esse livro(acabei na verdade ganhando ele junto com outros livros). Quando chegou, fiquei super-curiosa pra ler, mas me controlei, esperei terminar "O Temor do Sábio" e quando finalmente peguei o livro pra ler, li em menos de um dia, rs.
   Bem, vamos lá. "Quem É Voce, Alasca" conta a história de Miles Halter, um adolescente nerd sem amigos que coleciona últimas palavras de gente famosa, que resolve sair de casa e ir para o internato que o pai estudou quando estava na idade dele. Ele queria partir em busca do seu "Grande Talvez". Essa coisa de colecionar últimas palavras ele faz lendo biografias, e seu pai tem um monte delas no seu escritório. 
    Enfim, la está Miles, num internato, sem conhecer ninguém, e atrás de algo que possa mudar sua vida, algo que possa fazer as coisas diferentes. E assim tudo começa. Ele faz amizade com seu novo(e excêntrico) colega de quarto que é amigo da Alasca. Sim, a Alasca do título. E ele descobre que ela é incrível, bonita, louca, intrigante, quer ler todos os livros que puder, e assim como quase toda mulher, bipolar, mas sem a doença, só no sentido figurado, rs. É o típico caso de garoto nerd encontra a garota dos seus sonhos.
    Quando eu comecei a ler a história pensei: "Ah meu Deus! Que não seja mais um 'As Vantagens de Ser Invisivel' D:" mas acabou sendo diferente, que bom. Em outro momento falarei sobre as minhas impressões sobre o livro citado, mas hoje o post é sobre a Alasca, ou melhor sobre como Miles enxergava a Alasca. Eu achei uma historia que começou simples que vai ficando mais complexa em termos de conhecer melhor as personagens. Ha o protagonista que saiu atras da sua missão no mundo, e se deparou com os problemas, outros sentimentos, novas experiencias. Assim como poderia acontecer na vida. Meus parabéns ao John Green, essa historia acabou me comovendo, principalmente depois que os eventos de reviravolta acontecem.
    Tentei não dar nenhum spoiler aqui para que a historia possa ser conferida de maneira plena. Mas eu gostei sim da historia e da construção das personagens.  Nenhuma pessoa pode ser definida e conhecida por completo nessa vida, principalmente para si mesmas, e o autor conseguiu passar essa característica não respondendo algumas questões que atitudes e pensamentos das personagens levantavam.
    Ás vezes eu sentia raiva do Miles pelos "mimimi's" e da Alasca por ser tão impulsiva e "vid4 lok4", mas acho que só aumentou a empatia por eles, porque somos capazes de sentir diferentes coisas por pessoas próximas, ninguém é perfeito e todos cometem idiotices. E nesse livro, ninguém é perfeito, haha. Vale a pena conferir e é super rapido de ler, por experiencia propria.
;)

ps.: Outra coisa legal é o que o John Green escreveu sobre "Últimas Palavras" no final :) Não, isso não é spoiler, só to dizendo que no final o John Green "conversa" um pouco sobre a inspiração dele para construir o Miles Halter.

Ao som de: Placebo - Post Blue

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Temor do Sábio

Informações Técnicas
Título: "O Temor do Sábio"
Autor: Patrick Rothfuss
Nº de páginas: 960
Ano de publicação: 2011
Editora: Arqueiro

O último livro de 2013 acabou sendo o primeiro a ser terminado em 2014, dia 3 de janeiro, graças as festividades de fim de ano. Nesse natal ganhei alguns livros, e um deles era um dos meus most wanted: "O Temor do Sábio" do Patrick Rothfuss. Na minha humilde opinião até o dia que vos escrevo, é um dos melhores escritores de fantasia contemporâneos, ou como gosto de chamá-lo, um dos meus "Contadores de História" favoritos.
Tudo começou em 2012 se não me engano quando dois amigos próximos meus com ótimo gosto literário falavam muito d'O Nome do Vento. E eis que ano passado eu consegui comprá-lo por um preço muito bom(obrigada infinitamente ao vendedor que acidentalmente etiquetou um livro errado e foi o que caiu nas minhas mãos). Curti tanto a história que acabei terminando em 3 dias, alternando entre faculdade e dormir, haha. Logo que devorei o primeiro livro, esperei ansiosamente até o dia em que poderia tê-lo. E foi numa dessas promoções de natal que a Submarino me ajudou nisso. Alias, nesse fim de ano, 4 dos 5 livros que eu ganhei de presente foram entregues por esta loja que me surpreendeu com promoções e entrega-rápida. A estimativa era que eu só veria meus livrinhos em 2014 mesmo.
Então, na noite de véspera de Natal comecei a ler a segunda parte das aventuras de Kvothe. Uma das características que faz com que o Rothfuss tenha o posto que tem na minha lista de preferências, é a fluidez que ele têm pra contar uma boa história, e até histórias dentro de histórias dentro de histórias("storyception"). O ritmo que ele encontrou para tornar tudo interessante desde a construção das personagens até suas missões e objetivos e encontros acasos é genial. Eu ri, senti empolgação, senti raiva, foi um livro divertidissimo de se ler.
O Kvothe é uma personagem muito bem construida. Não é um garoto bobo e ingenuo, mas também não é super badass, "the chosen one" e coisas do tipo. Na verdade, o carisma dele é tão forte que me faz torcer para que ele saia das situações que se encontra de maneira heróica e única.
Gostei mais do segundo livro que o do primeiro, o que não torna "O Nome do Vento" um livro ruim, pelo contrário, faz com que as chances do 3º livro ser ainda melhor. Um ótimo presente de natal :3 Agora só preciso ser paciente pra chegar o próximo.

Spoiler!!!!
Eu já estava crente crente que o Kvothe era bom com as mulheres por causa da timidez, mas quem diria que fora uma felluriana que mudou isso pra ele! E quem diria que ele e o Elodin acabariam se tornando proximos. E outra coisa, odeio, odeio o Ambrose. ò.ó Olha só... Usar simpatia contra um dos melhores simpatistas do Arcanum(embora ele não soubesse quem era). Tinha que se f* mesmo xD E a Feila é foda, ponto!

Olá olá :3

 Vou dar início então a esse blog, finalmente, yay! Sim sim, esse primeiro post é de apresentação, considere-se então bem-vindo(a) =) Eu não sei se muita gente vai ler esse blog ou ver o vlog, imagino que outra pessoa alem de mim que leia meus posts já seja uma multidão, mas gosto de escrever sobre as coisas que me agradam(e algumas que me desagradam também).
Eu já ia me censurando por estar escrevendo demais, mas percebi que esse espaço é meio que meu, então eu posso escrever demais se eu quiser o/ Já tive alguns blogs, fotologs, e eram literalmente meus diários virtuais. Mas esse eu quero levar pra frente. Coloquei um objetivo que me fará bem, e esse espacinho aqui surgiu nos cantos da minha mente, e aqui falarei sobre livros, filmes, séries, jogos e etc, e claro contarei com a ajuda da outra metade do pudim ;) Eu gosto muito de ler, mas não costumo conversar muito sobre isso, até porque eu já encho o ouvido do pudim quando eu to lendo algo, ou seja, quase sempre. Quando quero um livro, quando consigo esse livro, começo a lê-lo, quando estou no meio e descubro um plot twist, quando amo/odeio um personagem, e quando chego ao fim. Tudo isso que eu partilho com os ouvidos dele, partilharei aqui e pior... Muito mais.
Mas a parte boa é que se hover spoilers, eu avisarei ;D
Bem, acho que era isso. Seja bem-vindo ao meu/nosso cantinho! Sinta-se em casa, na nossa casa xD

ps.: Sim, Gandalf é um dos meus personagens de ficção preferidos, e eu chamo ele amigavelmente de Gandolfo.
"Se você voltar, não será mais o mesmo."